domingo, 6 de junho de 2010

O CAPITAL E SEUS GOVERNOS AVANÇAM CONTRA A CLASSE TRABALHADORA.

O capital para se recuperar de suas crises ataca a classe trabalhadora. Só conseguem recuperar seus lucros e aumentar sua riqueza diminuindo os salários e os direitos da classe trabalhadora.



Para isso contam com o Estado que através dos governos promovem uma séria de reformas que tem o único objetivo de diminuir o valor do nosso trabalho.


No Brasil o governo Lula prepara reformas com esse objetivo. Na reforma da Previdência dizem que é preciso igualar a idade entre homens e mulheres para aposentadoria. O que chamam de privilégio é um direito das mulheres garantido através da luta, pois nessa sociedade o serviço doméstico é imposto como uma tarefa exclusiva das mulheres e dessa forma a maioria absoluta das mulheres trabalhadoras sofre com a dupla jornada.


Querem mais: dizem que as aposentadorias dos trabalhadores e trabalhadoras rurais encarecem os cofres públicos e assim atacam os direitos das trabalhadoras e trabalhadores no campo, mas nada fazem contra os usineiros novos heróis do governo Lula que se enriquecem através do trabalho dessas mulheres e homens que estão morrendo no corte da cana de tanto trabalhar.


O ministro da Previdência amplia o machismo presente na sociedade ao dizer que as mulheres jovens que recebem pensões são privilegiadas, porque ao invés de receberem esse auxilio deveriam procurar um novo marido. É mais uma das formas de dizer que nosso corpo é mercadoria, que nossa existência e sobrevivência deve estar submetida aos homens.


Além disso, os empresários pressionam e o governo Lula se apressa em realizar uma reforma trabalhista que possa flexibilizar e acabar com direitos como a licença maternidade, que para os patrões é um direito que atrapalha seu processo de exploração.


 
EM LUTA POR UMA VIDA PLENA E DIGNA.
 
A cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de violência.
Violentadas e assassinadas, levadas para outros países como produto de consumo, vitimas das clinicas clandestinas de aborto e exploradas no processo de produção.



O número de mulheres infectadas pela AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis crescem e com os números cresce também a conivência e a hipocrisia daqueles que dizem defender a vida.


A Igreja Católica tem nesse ano como tema da Campanha Fraternidade a “Defesa da Vida”, que tem por objetivo intervir nas políticas publicas e dizer o que deve ou não fazer o Estado. Eutanásia, pesquisa com células tronco, distribuição de preservativos e anticoncepcionais como a garantia de realização do aborto na rede pública, para a Igreja são atentados contra a vida.


Mas se esquecem ou escondem as milhares de mulheres que morrem a cada ano vitimas dos abortos clandestinos e em decorrência da AIDS. Morrem por serem trabalhadoras e não terem acesso a um serviço público digno e a métodos contraceptivos.


Pelas ruas das cidades, nas praças e escadarias das igrejas, crianças vagam sem casa, sem pais, sem comida e morrem sem completar 10 anos de vida.


Defender a vida é defender as mulheres pobres e trabalhadoras para que tenham direito aos métodos contraceptivos e acesso a saúde.


Defender a vida é garantir educação, moradia e saúde para nossas crianças e jovens que a cada dia são vitimas da fome, da violência que conta com o silencio do Estado.


A INTERSINDICAL ESTÁ NA LUTA DAS MULHERES E DO CONJUNTO DA CLASSE TRABALHADORA


- CONTRA AS REFORMAS DO GOVERNO LULA QUE ATACAM OS DIREITOS


- FIM DA IMPOSIÇÃO DO SERVIÇO DOMESTICO: POR CRECHES E LAVANDERIAS COLETIVAS.


- PELO DIREITO DE DECIDIR. FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO E LEGALIZAÇÃO JÁ.


- PELA CONSTRUÇÃO DE CASAS ABRIGO ÀS MULHERES VITIMAS DE VIOLENCIA


- PELA REDUÇÃO DA JORNADA, SEM REDUÇÃO DE SALARIOS E AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS


- POR ACESSO A SAÚDE, PREVIDENCIA, EDUCAÇÃO E MORADIA


E nas lutas que não se acabam no 8 de março buscar a superação dessa sociedade capitalista e machista, construir uma nova sociedade onde mulheres e homens possam viver num mundo de iguais.






Coordenação Nacional da Intersindical.

 
 
www.intersindical.org.br

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